A
maior parte da nossa leitura fala sobre Salomão e sobre as coisas que ele fez,
é sobre isso que iremos nos abster agora. A Bíblia se refere a Salomão como o
homem mais sábio que já viveu. Antes da morte do seu pai Davi, ele recebe
vários conselhos e instruções.
E
assim, ele começou seu reinado honrando a Deus e servindo as pessoas, e quando
esse Deus aparece a ele, o seu pedido foi simples: Sabedoria. Deus atende seu
pedido e ainda lhe acrescentou riquezas, paz e fama. Durante o seu reinado,
Israel teve o maior território de toda a sua história e se tornou uma nação
próspera. Com isso, Salomão governou e decidiu as coisas de forma que a justiça
e o serviço a Deus se fizeram presentes e visíveis. Ele também escreveu
provérbios, compôs cânticos e salmos a ponto de que pessoas de reinos distantes
viessem ouvir da sabedoria dele.
Contudo,
ele terminou seu reinado em tremendo fracasso e em total desvio do princípio
com o qual tinha começado. Uma pergunta que nos deixa dúvida é: O que aconteceu
para que esse desvio ocorresse?
A
resposta é simples, mas assustadora: Ele usou o mesmo método destrutivo que
muitos homens (e mulheres) usam hoje no seu lar: Se esqueceu da necessária
caminhada dinâmica e diária com Deus.
Com
o tempo, ele começou a depender unicamente do dom da sabedoria que lhe fora
dada e a levar em conta somente a sua opinião em todas as questões que se
referiam àquilo que competia a ele como rei, esquecendo-se de manter um
relacionamento COM Deus e de buscar
as respostas EM Deus, o que levava a
uma aparência de certo, mas que ao mesmo tempo destruía seu reino.
De
nada adiantou toda a majestade e sabedoria que Salomão recebeu se não buscou o
Deus que deu essas coisas a ele. Durante a sua vida, ele se esqueceu do mais
importante: Buscar a Deus e a vontade Dele, que foi uma das marcas do seu
início.
Cada
vez que volto à história de Salomão sou lembrado de que nossas atitudes
egoístas e precipitadas não podem sobrepor a vontade e a resposta de Deus. Com
o cristão, a precedência é (ou deveria ser) outra. Por meio do nosso
relacionamento com Deus, conhecemos qual é a vontade dele e qual é o caminho
que devemos seguir, justamente por que no decorrer dessa relação ele nos dá
discernimento entre as coisas que são boas ou não para essa relação e para as
decisões que temos que tomar em vida.
Nossa
relação com Deus não é um submeter-se imposto por Ele, mas um despir-se de quem
nós somos (com nossa teimosia egocentrista e com nossas fragilidades), e dar
lugar às coisas que Deus nos dá para preencher e nos moldar conforme a vontade
Dele.
Que
não permitamos deixar de lado a nossa relação com Deus (nem que tenhamos que
pedir socorro ao nosso irmão para que ele nos sustente por algum tempo), e que
também possamos estar ajudando os irmãos que estão cambaleantes nessa
caminhada, para que no fim da carreira, quando o tempo da partida estiver
próximo, possamos dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a
fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me
dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua
vinda.” 2 Tim 4.7-8. Em nome de Jesus, amém.
Adelar Ragazzon Appelt
Estudante de Teologia da EST
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