quinta-feira, 22 de maio de 2014

Salomão: O sábio rei de vida tola



A maior parte da nossa leitura fala sobre Salomão e sobre as coisas que ele fez, é sobre isso que iremos nos abster agora. A Bíblia se refere a Salomão como o homem mais sábio que já viveu. Antes da morte do seu pai Davi, ele recebe vários conselhos e instruções.
E assim, ele começou seu reinado honrando a Deus e servindo as pessoas, e quando esse Deus aparece a ele, o seu pedido foi simples: Sabedoria. Deus atende seu pedido e ainda lhe acrescentou riquezas, paz e fama. Durante o seu reinado, Israel teve o maior território de toda a sua história e se tornou uma nação próspera. Com isso, Salomão governou e decidiu as coisas de forma que a justiça e o serviço a Deus se fizeram presentes e visíveis. Ele também escreveu provérbios, compôs cânticos e salmos a ponto de que pessoas de reinos distantes viessem ouvir da sabedoria dele.
Contudo, ele terminou seu reinado em tremendo fracasso e em total desvio do princípio com o qual tinha começado. Uma pergunta que nos deixa dúvida é: O que aconteceu para que esse desvio ocorresse?
A resposta é simples, mas assustadora: Ele usou o mesmo método destrutivo que muitos homens (e mulheres) usam hoje no seu lar: Se esqueceu da necessária caminhada dinâmica e diária com Deus.
Com o tempo, ele começou a depender unicamente do dom da sabedoria que lhe fora dada e a levar em conta somente a sua opinião em todas as questões que se referiam àquilo que competia a ele como rei, esquecendo-se de manter um relacionamento COM Deus e de buscar as respostas EM Deus, o que levava a uma aparência de certo, mas que ao mesmo tempo destruía seu reino.
De nada adiantou toda a majestade e sabedoria que Salomão recebeu se não buscou o Deus que deu essas coisas a ele. Durante a sua vida, ele se esqueceu do mais importante: Buscar a Deus e a vontade Dele, que foi uma das marcas do seu início.
Cada vez que volto à história de Salomão sou lembrado de que nossas atitudes egoístas e precipitadas não podem sobrepor a vontade e a resposta de Deus. Com o cristão, a precedência é (ou deveria ser) outra. Por meio do nosso relacionamento com Deus, conhecemos qual é a vontade dele e qual é o caminho que devemos seguir, justamente por que no decorrer dessa relação ele nos dá discernimento entre as coisas que são boas ou não para essa relação e para as decisões que temos que tomar em vida.
Nossa relação com Deus não é um submeter-se imposto por Ele, mas um despir-se de quem nós somos (com nossa teimosia egocentrista e com nossas fragilidades), e dar lugar às coisas que Deus nos dá para preencher e nos moldar conforme a vontade Dele.

Que não permitamos deixar de lado a nossa relação com Deus (nem que tenhamos que pedir socorro ao nosso irmão para que ele nos sustente por algum tempo), e que também possamos estar ajudando os irmãos que estão cambaleantes nessa caminhada, para que no fim da carreira, quando o tempo da partida estiver próximo, possamos dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” 2 Tim 4.7-8. Em nome de Jesus, amém.

Adelar Ragazzon Appelt
Estudante de Teologia da EST

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